Indicada para tratar várias patologias e lesões, essa prática é também reconhecida como um tipo de condicionamento que beneficia mente e corpo.
Imagine um enfermeiro preocupado em reabilitar pacientes feridos em um hospital para combatentes da I Guerra Mundial. Usando a imaginação, e com o auxílio de camas hospitalares, Joseph Pilates, idealizou um programa de exercícios capazes de alongar e flexibilizar o corpo. Passado quase um século desse evento, o método Pilates hoje é considerado uma prática corporal capaz de promover equilíbrio físico e mental, pois tem como base a respiração, o controle, a concentração, a precisão e a fluidez. Os benefícios são o alinhamento da postura, maior equilíbrio e coordenação, redução do estresse, alívio de dores crônicas, fortalecimento e flexibilidade dos músculos, entre outros. A fisioterapeuta Solaine Perini, presidente da Associação Brasileira de Pilates (ABP), afirma que a técnica pode ser praticada por todos, incluídos idosos e crianças, porque uma de suas características é o impacto zero. Embora não existam contra indicações, há casos que exigem avaliação do instrutor, que deve ser qualificado. O técnico precisa ser criterioso e muitas vezes trabalhar em conjunto com um médico, especialmente quando as pessoas estão em fase pós operatória ou nos primeiros meses de uma gestação. Essas são contra indicações relativas que não devem ser desprezadas. “A saúde do paciente deve ser a prioridade de ambos”, diz a especialista. “Como dizia Pilates, não existe exercício errado nessa prática. Existe a pessoa errada para um determinado exercício”, conclui.
Os diferentes tipos de Pilates
Método Pilates original, clássico ou ortodoxo
Aplica todos os ensinamentos transmitidos pelo idealizador da técnica. Nos exercícios de solo (Mat) e em certos equipamentos, as sequências devem repetir as respectivas fases de transições, interligando um exercício ao outro, sem mudar a postura, trabalhando o corpo como um todo. Nos equipamentos em que não são exigidas sequências, aplicamse exercícios em séries, que se caracterizam pelo uso de determinado grupo muscular, de acordo com o objetivo primário do praticante, que pode necessitar de reabilitação ou condicionamento físico.
Método Pilates evolution ou moderno
Nessa modalidade, se agregam ao método clássico outras técnicas. Por isso o uso de diversos meios é admitido, e eles podem ser aplicados durante uma mesma sessão, sem sequências pré determinadas, assim como de forma aleatória ou até fragmentada.
“O método original se baseia em um sistema de condicionamento físico que consiste em um número exato de exercícios, com uma ordem específica e um número de repetições. Nada é aleatório”, Joseph Pilates, idealizador da técnica
5 motivos para começar a fazer Pilates
1. Maior conhecimento do próprio corpo: os exercícios requerem atenção em cada movimento, e região corporal. A consequência é a percepção de si.
2. Aprimoramento da qualidade respiratória: respiração correta, controlada e coordenada estimulam a resistência pulmonar. Para quem vive em meio a poluição, essas práticas ajudam a previnir doenças respiratórias em geral.
3. Fortalecimento e alongamento simultâneo: o método fortalece os músculos, o que promove a melhora dos desalinhamentos físicos. O corpo se torna funcional e passa a realizar as tarefas diárias com menor gasto energético.
4. Diminuição do estresse e aumento da atenção: a concentração na execução de cada movimento, aos comandos do instrutor e ao tempo de cada prática, leva à chamada automatização - a série de exercícios passa a ser feita de forma natural e sem compensações, garantia de relaxamento. O todo passa a integrar a vida do praticante, que alcança perfeito equilíbrio entre mente, corpo e espírito.
5. Prática variada: o método tem mais de 500 exercícios em sete aparelhos diferentes, além das práticas de solo (Mat), o que permite execuções diferenciadas para cada nível existente na prática.
Pilates é uma forma de alongamento?
Sim. Segundo a fisioterapeuta Solaine Perini, o alongamento se caracteriza pela prática de exercícios físicos com o fim de manter e/ou desenvolver a flexibilidade. Essa, por sua vez, é a máxima amplitude voluntária de uma ou mais articulações, sem risco de lesão. A todo o momento o alongamento é priorizado no Pilates, direta ou indiretamente. E a flexibilidade, aqui, é sempre a do tipo ativa: “busca-se dar condições de obtenção da maior extensão possível de movimento que um determinado indivíduo seja capaz de realizar. Por isso, para cada praticante, deve ser adaptado o melhor tipo de exercício”, explica Perini.
Fonte:http://revistavivasaude.uol.com.br
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