domingo, 5 de outubro de 2008

Newsletter Edição Outubro - 2008

PILATES E GRAVIDEZ
 
Historicamente, as recomendações de exercício físico para gestantes variaram de acordo com os contextos socio-culturais vigentes, inclusive existindo períodos em que havia contra-indicações para a atividade física. No início do século XX começaram a ser desenvolvidos os programas de assistência pré-natal com o intuito de romper o ciclo vicioso medo-tensão-dor, incluindo a atividade física, porém sem um embasamento científico. As gestantes eram aconselhadas a reduzirem suas atividades e interromperem, até mesmo, o trabalho ocupacional, especialmente durante os estágios finais da gestação, acreditando-se que o exercício aumentaria o risco de trabalho de parto prematuro por meio de estimulação da atividade uterina. Hoje constata-se que a atividade física na gestação é recomendada na total ausência de qualquer anormalidade, mediante avaliação médica especializada. Durante uma gestação normal, quem já praticava exercícios pode continuar a fazê-lo, adequando a prescrição à gestação. Quem nunca praticou, procure orientação médica e inicie a partir do quarto mês de gestação, que é quando o embrião já se implantou.

Os exercícios no período pós-parto, não existindo complicações, iniciam-se 30 dias após o parto normal e 45 dias após a cesariana, aplicando-se os mesmos princípios utilizados para a prescrição de exercícios na população em geral. O retorno às condições pré-gestacionais, especialmente em atletas, dependerá do grau de aptidão que a mulher mantiver durante a gestação. Na fase de amamentação o exercício físico é seguro para o lactente e eficaz para a mãe no período pós-parto.
Os objetivos da prática de atividade física em gestantes são:
 
- a manutenção da aptidão física e da saúde;
- a diminuição de sintomas gravídicos;
- o melhor controle ponderal;
- a diminuição da tensão no parto;
- recuperação no pósparto imediato mais rápida.
 
Outros benefícios da atividade física na gestante são:
- o auxílio no retorno venoso prevenindo o aparecimento de varizes de membros inferiores;
- melhora nas condições de irrigação da placenta.

Na gestação, devem-se preferir os exercícios de menor impacto devido às alterações articulares próprias desta fase. A intensidade adequada deve ser igual ou inferior a 50% do VO 2máx ou da freqüência cardíaca (FC) de reserva. A duração em atividades aeróbicas deve ser de 30 minutos ou mais e a freqüência mínima de três vezes por semana, levando-se em consideração o grau de aptidão físico prévio.
Exercícios de flexibilidade são particularmente úteis na gestação para equilibrar a musculatura dorsolombar, abdominal e de assoalho pélvico, que estão em geral contraídos pela postura gravídica. Exercícios respiratórios também são importantes por favorecerem a conscientização corporal e promoverem as trocas gasosas. Estes são úteis ainda para o relaxamento e para o auxílio no trabalho de parto.
A segurança para a mãe e o feto deve ser a principal preocupação, especialmente nas questões referentes à adequada hidratação e a realização de exercícios em condições favoráveis de temperatura.
O programa Pilates para Grávidas é um programa de exercícios baseado no método original Pilates, porém especialmente adaptado e totalmente seguro e eficaz que pode ser utilizado durante a gravidez, pois auxiliam na postura, resistência muscular abdominal e pélvica (muito importante para um trabalho de parto tranqüilo), trabalho respiratório, melhora na circulação sangüínea (especialmente abdominal, o que é benéfico para o bebê) e circulação linfática (prevenindo o edema), diminuição das dores (principalmente nos membros inferiores e nas costas), aumento do relaxamento, diminuição da ansiedade, promovendo assim um bem estar físico e mental para este momento tão importante.
A Original Pilates proporciona um ambiente extremamente agradável e tranqüílo para esta prática, com espaço totalmente climatizado.
As contra-indicações absolutas são o sangramento uterino de qualquer causa, a placentação baixa, o trabalho de parto pré-termo, o retardo de crescimento intra-uterino, os sinais de insuficiência placentária, a rotura prematura de membranas e a incompetência istmocervical.

Referências:

1. Atividade física e gestação: saúde da gestante não atleta e cresciemnto fetal – Ver. Bras. Saúde Mater. Infant. Vol3, Nº2 Abr/Jun, 2003;
2. Pilates para Grávidas – Endacott, Jean, Ed. Manole – Barueri-SP, 2007;
3. Posicionamento Oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte: Atividade Física e Saúde na Mulher - Rev Bras Med Esporte _ Vol. 6, Nº 6 – Nov/Dez, 2000.

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